18 de jan. de 2013

O que é Pesquisa?



Na minha concepção pesquisa é um conjunto de dados, conteúdos onde nos dá a oportunidade de aprofundar mais, um assunto de forma analítica, crítica e investigativa.
Maria Minayo, olhando por uma perspectiva mais filosófica define pesquisa como “atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”.
Para a professora Jiani Cardoso, pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que tem por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo.
Ander-Egg define pesquisa como um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento”. A pesquisa, portanto é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
Logo pesquisa é um ato curioso e multirreferencial, que impulsiona o pesquisador a buscar, de forma perene e sistemática, respostas para as suas indagações. Sendo que essas respostas nem sempre solucionará os seus problemas, todavia, o ajudará a analisar os fatos com maior criticidade, ajudando-o a construir, desconstruir e reconstruir conceitos a partir de um pensamento reflexivo.

REFERÊNCIAS
MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

24 de mai. de 2012

CAÇADAS DE PEDRINHO

Caçadas de Pedrinho é uma obra de Monteiro Lobato publicada no ano de 1933. Este livro tem sido motico de grande polêmica, pois alguns trechos do mesmo revela certos traços de racismo. A obra conta a história das crianças do Sítio do Pica-pau Amarelo, que decidem caçar uma onça. Então com muito sacríficio eles conseguem caçar a onça, eles compram uma grande brica com a bicharada do Sítio, quase  todos os bichos do Sítio se revoltam contra as crianças, pois elas tinham matado a maior onça que havia dentre os animais. Todos os bichos se reunem e decidem matar as crianças, mas eles não conseguem efetivar o seu plano pma porque elas utilizam uma perna de pau de quatro metros de altura, deste modo ficou quase impossível tentar matá-las.
Além dessa aventura temos também na obra o caso do rinoceronte que foge de um circo e vai até o sítio do Pica-Pau Amarelo em busca de tranquilidade. No início, os maradores do sítio ficam com medo, mas depois até brincam com o rinoceronte. Várias pessoas vão resgatar o rinoceronte, mas nao conseguem, e por isso as crianças do sítio tornam-se as proprietárias do rinoceronte.

É durante todo o desenrolar desta narrativa que vamos ver na obra algumas falas, principalmente da boneca Emília, a questão racista presente no livro. Certos trechos demonstram o negro representado de forma desumana, inferior e ingnorante. 

“Mais corajosa, a negra aproximou-se  viu que era mesmo onça”. (LOBATO, 1933, p. 08)
“É guerra e das boas. Não vai escapar ninguém – nem Tia Nastácia, que tem carne preta” (LOBATO, 1933, p. 13)
“[...] Tia Nastácia, [...] trepou, que nem uma macaca de carvão, pelo mastro de São Pedro acima...”
( LOBATO, 1933, p.23)"Depois voltando-se para Tias Nastácia:
- E você, pretura”? [perguntou Emília]” 
(LOBATO, 1933, p. 24)
...dizem os naturalistas que o rinoceronte é talvez a fera mais traiçoeira e perigosa da África. Se apanha um de nós!...” (LOBATO, 1933, p.35).
“E agora, sinhá? E agora, sinhá? — murmurava, no meio dos credos e figarabudos e pelo - sinais que não cessava de murmurar e desenhar na cara e no peito.”  (LOBATO,1933, p.34).
“A negra que nada sabia a respeito de rinocerontes, ofereceu-se para ir espantar o bicho com a vassoura.”(LOBATO, 1933, p.34).
“...Não é boi Nastácia é ri-no-ce-ron-te – emendou Dona Benta”. (LOBATO, 1933, p.46)
“Para mim é boi – insistiu a negra. – Não sei dizer este nome tão comprido e feio. estou velha demais para decorar palavras estrangeiras”. (LOBATO, 1933, p. 46)
— Tenha paciência — dizia a boa criatura. — Agora chegou minha vez. Negro também é gente, sinhá...” (LOBATO, 1933, p. 49)
 
 
Devido a esses trechos que demonstra a figura do negro de forma inferiorizada é que no ano de 2010 o Conselho Nacional de Educação (CNE) emitiu um parecer classificando o livro Caçadas de Pedrinho como racista.
O CNE recomendou que o  MEC não distribuísse esta obra a escolas públicas ou que as editoras inserissem no livro uma "nota explicativa" sobre suposto teor racista, que estaria presente principalmente em passagens relativas à personagem Tia Nastácia. Mas depois O texto foi revisto pelo CNE; e a nova versão aprovada afirma que é importante que a escola faça uma "contextualização" dos autores e dos livros, especialmente aqueles produzidos em período em que pouco se falava em preconceito racial.O texto também ressalta que não se deve proibir o acesso dos estudantes a nenhuma obra literária. Logo diante de tantas controvésias acerca desta obra não devemos deixar de trabalhar com o livro nas salas de aula. Não vamos negar a postura racista do autor, mas também não devemos deixar de mostrar a importância que Monteiro Lobato deve na introdução da literatura infantil no Brasil. Bem como explorar da obra a questão do racismo, fazendo uma relação com outras obras que valoriza o negro, além de também trabalhar com outras temáticas tal como o meio ambiente. 

14 de mai. de 2012

A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por Rosana dos Santos



O curriculo na Educação Infantil tem sido motivo de grandes polêmicas, muitos são os educadores e pesquisadores que discutem sobre este tema, tentando desta forma romper com certos equívocos relacionados. Nesta perspectiva, sendo a avaliação algo inerente ao curriculo, vemos que não se pode pensar em curriculo sem falar em avaliação, sendo esta última algo de suma importância para alcançar alguns objetivos propostos pelos próprios documentos que contribuem para a realização da construção do curriculo na educação infantil.
Afim de redefinir metas e estratégias para enfrentar os diversos problemas da vida, o homem enquando ser dinâmico, ocupa-se constatemente em se auto-avaliar, bem como fazer juízo de tudo e todos. Nós constantemente estamos avaliando nossos filhos, amigos, companheiros, e nós mesmos. Logo no ambiente escolar não é diferente. O educador estar constantemente avaliando os seus alunos, todavia não se deve apenas avaliar os estudantes, mas todas as condições com as quais eles desenvolvem ou não a sua aprendizagem e todo o seu desenvolvimento humano e social.
Por muito tempo ao se falar em avaliação, pensava-se logo em prova, nota; atualmente, muitos são os educadores que buscam pesquisar e trazer boas reflexões sobre o verdadeiro objetivo da avaliação, desmitificando sua antiga concepção que imperava no âmbito educacional.
Com o advento da nova perspectiva de avaliação, vemos que esta não deve se restrigir a mera comparação, julgamento ou classificação dos alunos. A avaliação deve ser vista de forma diferente; ela deve possibilitar ao educador a obtenção de informações e subsídios capazes de favorecer o desenvolvimento das crianças e ampliação de seus conhecimentos.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) em seu artigo 10 afirma que:




As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação.(2009, p.21)



Logo, a avaliação na educação infantil só tem sentido se for com o intuito de buscar trajetos para o melhor desenvolvimento cognitivo e sociocultural da criança. Avaliar nesta perspectiva significa refletir sobre a própria prática pedagógica, é analizar o que está facilitando ou dificultando a aprendizagem das crianças, para em seguida tomar medidas que venham contribuir no ato de ensino aprendizagem, isto é, medidas que venha se ajustar a sua pártica conforme às necessidades e especificidades das crianças.

Sendo assim a avaliação na educação infantil não deve se restringir apenas à criança; o processo avaliativo deve levar em consideração todo o contexto em que se dá a aprendizagem dos alunos, tais como: a coordenação pedagógica; a instituição educativa, em sua totalidade (gestão institucional, relação família/escola, estrutura e dinâmica de funcionamento da instituição, etc); o professor (sua formação e dificuldades no ato de ensinar) e a criança (seus conhecimentos experiências e limitações).
O êxito da aprendizagem é uma conquista da criança, que constroe e resignifica o conhecimento, portanto o professor deve possibilitar aos alunos o acompanhamento de suas conquistas e dificuldades, bem como suas possibilidades ao logo do seu processo de aprendizagem. A Lei de Diretrizes e Base para a Educação (LDB), no que se refere à educação infantil, estabelece na seção II, artigo 31 que: "... a avaliação far-se-à mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso a Ensino Fundamental", (2008). Logo o professor deve por meio de registros, fotografias, gravações ou até mesmo através de um portfólio, acompanhar os avanços e/ou regressões apresentadas pelos educandos ao longo de seu caminho na Educação Infantil.
Zilma Oliveira em seu artigo O Currículo na Educação Infantil: o que propõem as novas Diretrizes Nacionais? Afirma que:


A avaliação deve se basear na observação sistemática dos comportamentos de cada criança, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano, com utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns, etc), feita ao longo do período em muitos e diversificados momentos.
A documentação dessas observações e outros dados sobre a aprendizagem da criança devem acompanhá-la ao longo de sua trajetória da Educação Infantil e ser entregue por ocasião de sua matrícula no Ensino

Fundamental para garantir uma atenção continuada ao processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança e compromissada em apontar possibilidades de avanços. (2010, p.13)  



Portanto, Zilma Oliveira propõe que o educador faza seus registros a respeito dos alunos, até mesmo para se ter uma melhor organização quanto estiver elaborando e planejando suas atividades, para que estas sejam adequadas com a realidade e capacidade dos educandos. Essa estrátegia avaliativa contínua, onde valoriza todos os aspectos do desenvolvimento da criança, colabora também na continuidade do processo de aprendizagem das mesmas, se tais registros forem socializados para etapas poteriores à Educação Infantil.
Logo, a avaliação que contempla todos os aspectos contextuais da Educação Infantil, certamente estará potencializando uma prática avaliativa que valorize e respeite a subjetividade de cada criança, pois a avaliação tem como pressuposto ofertar ao educador oportunidades de observar continuamente se a sua metodologia, está possibilitando ou não ao estudante os objetivos propostos por esta etapa de ensino. Sendo assim o professor deve avaliar a si mesmo ao aluno e todo o processo de ensino – aprendizagem.



A CONSTRUÇÃO DO CURRICULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL







REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ordália. Avaliação na Educação Infantil com o protagonismo da criança. Presente! Revista do Educador, ano XVIII (69): p. 35-41, dez 2010/mar 2011.

Avaliação Formativa. Disponível em: < http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/avaliacaoformativa.htm >. Acesso em 19 de abril de 2011. BRASIL.Lei de Diretrizes e Bases 9.394, de 1996. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2008.
BRASIL. Parecer CNE/CEB nº. 20, de 11/11/2009. Brasília, 2009.
BRASIL. Resolução nº. 5, de 17/12/2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009.
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. O currículo na educação infantil: o que propõem as novas Diretrizes nacionais? Belo Horizonte, 2010.

25 de fev. de 2011

LIBERDADE E LIMITES

A Porta Misteriosa

Numa terra em guerra, havia um rei que metia medo em todos os seus súditos e rivais. Sempre que fazia algum prisioneiro, não o matava de imediato, mas levava-o a uma sala para dar-lhe uma última chance de vida. Nesta sala havia um grupo de soldados armados com arcos de flechas, de um lado, e, do outro, uma enorme porta de bronze. Esta porta era marcada com figuiras horrorosas que causavam medo.
Com um grupo de prissioneiros na sala, o rei lançava a sentença:Vocês têm duas opções:podem morrer pelas flechas ou passar por aquela porta e ser trancados para sempre.
Em anos, ninguém escolheu a porta. Ninguém ousou optar pelo desconhecido. Todos preferiram morrer pelas flechas.
Um soldado, depois da guerra, resolveu perguntar ao rei o que havia atrás daquela  porta assustadora. 
O rei mandou que ele coferisse. O soldado entrou na sala, abriu vagarosamente a portae percebeu um raio puro de sol. Abriu mais um pouco, e mais luzes clarearam o ambiente. Um gostoso cheiro de verde inundava o local.
Quando a porta estava totalmente aberta, notou que por ali todos sairiam rumo à liberdade.
Admirado, o soldado foi ao encontro do rei, que lhe disse: - Eu dava a eles a escolha, mas todos preferiram morrer a arriscar-se.

Zanon, Darlei.  Parábolas de Sabedoria. Paulus: 2005, p. 85.

Um pássaro tem o céu aberto para voar. O motorista tem um carro potente em suas mãos, mas escolhe o limite da velocidade em que vai andar. O universo é totalmente aberto para a pessoa escolher onde morar e como viver a sua vida, mas ela escolhe determinado lugar. Deus é infinito, mas escolher se manifestar no limite da nossa vida.
Liberdade e limites são inerentes à condição humana, e geram grandes tensões.Isso porque o ser humano, ainda que tenha a marca do transcendente, do divino, do infinito, se sente limitado, pequeno e insignificante. Somos pleno de amor, mas ao realizar um ato de amor, somos limitados. Por isso, usamos símbolos: um abraço, um beijo, uma flor. O símbolo também é limitado, dá margem à interpretação.
A consciência da tensão entre sermos plenos no desejo e limitados na sua manifestação faz-nos viver melhor e amplia nossa liberdade.

Liberdade e Educação

Nascemos dentro de uma cultura e de uma tradição, com pais concretos, uma família, uma cidade. Tudo isso está marcado por valores, crenças, costumes e hábitos que nos são transmitidos pela educação recebida no lar, na escola, nas igrejas, na comunidade... É algo maravilhoso, mas é também grande limite.
A mente humana é totalente aberta a possibilidades, mas viver dentro de uma cultura gera crenças limitadoras. A pessoa acaba se acostumando a obedecer ao limite traçado pelo seu grupo, mas, ao mesmo tempo, tem a marca e  o desejo da ossibilidade de viver diferente, em outro lugar e de outro geito.
A possibilidade de viver diferente gera tensão, pois implica abrir mão tudo com que se está acostumado, que é seguro, habitual. Romper o limite provoca medo, insegurança, vergonha e timidez. Poder desamarrar-se de tudo isso e novamente poder voar implica sair da zona de conforto traçado pelo limite. O grande desafio da liberdade está em como atualizar sempre de novo a vontade de viver intensamente o momento oresente e ampliar os horizontes, alcando voos ousados.

Ecoando. Formação Interativa com Catequistas. Paulus:2009, p. 18-19.

30 de dez. de 2010

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA


O livro pedagogia da autonomia de Paulo Freire nos ajuda a analisar a suma  importância, que o educador tem que ter com relação a livre autonomia que o educando deve ter com relação a construção do seu próprio conhecimento no processo pedagógico.
O professor deve sempre levar em consideração os saberes do educando, não deixando nunca o aluno ter uma percepção de que o professor é o tetendor do saber.
Logo nesta perspectiva na prártica pedagógica não existe docente e nem discente,o aluno aprende com o professor e vice e versa.
Neste livro Paulo Freire revela que educar é construir e transformar. Isto é, construir uma socciedade mais crítica e autônoma, mais livre das amarras da alienação. Freire demonstra que o educador deve ajudar ao educando a ter consciência da realidade a qual ele estar inserido e tentar trnasforma-la, se esta é claro não estiver em concordância com os pricípios éticos, com a justiça, liberdade e bem comum de toda a sociedade.